Otimismo com retomada da economia aumenta, mas desafios no varejo persistem. Veja um balanço do setor no primeiro semestre e expectativas para o fim do ano.
O setor varejista é um dos pilares da economia brasileira, desempenhando um papel crucial na geração de empregos e no desenvolvimento do país.
Após as dificuldades enfrentadas devido à pandemia de Covid-19, o setor vem demonstrando uma recuperação gradual nos últimos meses, mas ainda segue estagnado em 2023.
Índices divulgados recentemente traçam um cenário de ligeiro otimismo, mas ainda com muitos desafios a serem enfrentados pelos varejistas.
A intenção de consumo das famílias, medido pelo índice ICF, subiu 2,6% em junho, em comparação com o mês de maio, representando um salto de 21,3% em relação ao mesmo período do ano passado.
Isso significa que o consumidor está mais otimista com a economia, principalmente devido à estabilização do mercado de trabalho.
Após o recorde de desemprego registrado em 2021, no auge da pandemia, com 14,9% de desempregados, o número desde então vem baixando, até o atual índice de 8,4%.
Outro fator importante é a inflação, que havia disparado nos últimos anos, corroendo o poder de compra da população, mas voltou para o patamar dos anos pré-pandemia, abaixo dos 4%, com alguns meses de deflação no ano.
Balanço do varejo no primeiro semestre de 2023
Mesmo com o otimismo crescente da população em relação ao consumo, o varejo ainda demonstra estagnação, com recuo de 0,1% nas vendas em relação ao mês passado e 3,4% em comparação a junho de 2022.
No primeiro semestre deste ano, a queda nas vendas foi de 4,2% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o Índice de Atividade Econômica Stone Varejo.
Entre todos os setores, o único que apresentou crescimento foi o de produtos farmacêuticos, que em sua maioria são itens de primeira necessidade, como remédios.
De acordo com especialistas, a inadimplência, a alta inflação recente e o endividamento elevado das famílias brasileiras reduziram a possibilidade de novas compras.
Segundo estimativas da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada periodicamente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), cerca de 78% das famílias brasileiras estão em situação de endividamento, sendo que 29% estão inadimplentes e pouco mais de 11% não têm condições de pagar suas dívidas.
A cada 100 consumidores inadimplentes, 45 estão com atrasos por mais de três meses. Do total de consumidores endividados, mais de 86% têm dívidas no cartão de crédito.
Deste modo, já era esperada uma recuperação lenta e gradual do varejo neste momento de pós-pandemia recente, juntamente com a recuperação da economia como um todo, fenômeno que também acontece em outras partes do mundo.
Após três anos com repetidas crises, entre a pandemia e a invasão da Rússia na Ucrânia, a atividade econômica global dá sinais de recuperação.
De acordo com o último relatório de perspectivas econômicas da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), há a previsão de uma leve melhora do crescimento mundial, que deve alcançar 2,7% este ano, contra 2,6% da previsão anterior, realizada no último mês de março.
Perspectivas para o segundo semestre
As perspectivas para o segundo semestre de 2023 no varejo brasileiro são promissoras, embora ainda existam desafios a enfrentar.
A expectativa é de uma retomada contínua das atividades econômicas, impulsionada pela queda na inflação e pela recuperação do mercado de trabalho, uma vez que a geração de empregos aumenta a renda disponível e, consequentemente, o consumo.
Para isso, será fundamental o sucesso da nova política fiscal do governo e da reforma tributária aprovada recentemente na Câmara dos Deputados, assim como a implementação de políticas públicas para a retomada econômica e a criação de um ambiente favorável aos negócios – como o recém-anunciado programa Desenrola Brasil, para renegociação e redução do endividamento familiar.
As datas comemorativas – como o Dia dos Pais, o Dia das Crianças e o Natal – também devem dar um impulso extra nas vendas do varejo neste fim de ano, após um longo período de compras presenciais prejudicadas pelas restrições impostas pela pandemia.
No entanto, é importante ressaltar que o setor ainda enfrenta desafios, como a volatilidade dos preços, os impactos da inflação e as incertezas políticas e econômicas, fatores que podem influenciar o poder de compra dos consumidores e exigir que os varejistas adotem estratégias de precificação e oferta diferenciadas para se manterem competitivos.
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Conclusão
O varejo brasileiro tem mostrado sinais de recuperação ao longo do primeiro semestre de 2023, impulsionado pela retomada da confiança do consumidor.
A perspectiva para o segundo semestre é positiva, embora os desafios persistam.
A retomada gradual da economia, a recuperação do mercado de trabalho e a adaptação aos novos hábitos de consumo são fatores-chave para o sucesso do varejo nos próximos meses.
Além disso, a busca por práticas sustentáveis e a responsabilidade social ganham cada vez mais importância na preferência do consumidor.
Nesse contexto, é fundamental que os varejistas sejam ágeis, inovadores e estejam atentos às demandas do mercado.
Aqueles que conseguirem se adaptar e oferecer experiências de compra diferenciadas estarão mais preparados para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que o segundo semestre apresentará.
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